sexta-feira, dezembro 29, 2006

Richarlyson acidenta-se e quebra um braço

O jogador do São Paulo F.C. sofreu, hoje, um acidente na rodovia Castelo Branco. Ele fraturou o braço esquerdo e se encontra agora no Hospital Regional de Osasco, de onde fala ao vivo o repórter Andersen Timento, Andersen.

ANDERSEN - No hospital aqui de Osasco, as informações são de que Richarlyson está bem e de que não haverão complicações. Segundo seu médico, ele poderá se recuperar em uma semana.

- Esperem! Ele está passando agora aqui na maca. Vamos tentar falar com o jogador.

- Richarlyson! Richarlyson!

RICHARLYSON - Ahnwnemmm. Eu!

AN- Richarlyson, como você está? Tá tudo bem?

RICH- Ahnwemmm. Ah, sim. Tô bem!

AN- Manda um alô pra torcida tricolor!

RICH- Ahnwnemmm. Alô!

AN- Tem muita gente aqui, ahn, é... Quando vc vai ficar bom, Richarlyson?

RICH- Eu tô bem, tô bem! Ahnwnemmm...

AN- Taí o Richarlyson, esse ídolo do futebol, o meia que vive de driblar os adversários e que parece ter driblado os perigos do acidente com a mesma categoria que no gramado.

"A dor da gente não sai no jornal".
Chico Buarque,
Notícia de Jornal

terça-feira, dezembro 12, 2006

Agora...

Premiação da Revista IstoÉ, aquela que aceita jabá e cobra para publicar denúncias. Ele, o convidado de honra, já foi o acusado principal. Luis Inácio Lula da Silva, o meu e vosso presidente, é homenageado e faz discurso inigualável.

Inigualável porque jamais (ou, como o apetece, "nunca na história desse país"), se ouvira tantos clichês e tamanhos absurdos saídos da boca de um chefe de Estado. Lula já disse e fez muita merda, mas nenhuma se compara.

"Se você não for esquerdista antes dos 18 e nem deixar de ser depois dos sessenta..." Incontável o numero de vezes que já ouvi essa asneira e suas variantes. Das mais diferentes bocas, é preciso dizer. Mas até então era fácil, bastava responder com "esse cara é mesmo um idiota", como o disse do Arnaldo Jabor, e pronto. Agora...

Dessa vez, entretanto, a merda é colossal e histórica. É agora oficial: Lula e a esquerda não mais cabem, exclua-se essa, na mesma frase. Poderia-se dizer até que nunca couberam, mas essa assertiva requer análises às quais não estou disposta.

Quando, em 90, Collor bradava que o voto nele era "o voto contra a baderna", "contra a bandeira vermelha", o argumento já era vazio. E agora?

Saíram hoje declarações de gente que ainda se afirma esquerdista diminuindo a fala de Lula. Plínio de Arruda Sampaio, Cristovam Buarque... Gente que quer mais aparecer, é verdade. O bom resquício da intelectualidade de esquerda, além de já andar sumido, calou-se. Marilena Chauí diz que não viu as declarações. Bom pra ela, assim ela pode continuar defendendo o espírito petista como se ele de fato existisse.

domingo, dezembro 10, 2006

Uma foto, algumas palavras


A primeira foto que eu coloco aqui. Talvez eu nem me acostume a publicá-las, mas essa pareceu especial.

Pra começar, eu sempre quis uma foto com a ECA ao fundo pra legendar com "neverland". Daí, o uso da tal legenda foi ficando muito popular em blogs e perfis de orkut ecanos e eu fui passada para trás. Até que hoje olhei pra essa e nem pude entender por que gostei tanto. Só sei que gostei.

Quem sabe foi o inusitado do momento somado ao ímpeto incessante de alguns de fazer pose. Quem sabe a nolstalgia dos cabelos carecas do início do início. Quem sabe a fachada rosada que recobre esta escola e que sempre encontra sua forma de parecer ensolarada mesmo nos dias em que usamos casacos.

Quem sabe?

A Foto da Capa
Chico Buarque1994

O retrato do artista quando moço
Não é promissora, cândida pintura
É a figura do larápio rastaqüera
Numa foto que não era para capa
Uma pose para câmera tão dura
Cujo foco toda lírica solapa

Era rala a luz naquele calabouço
Do talento a clarabóia se tampara
E o poeta que ele sempre se soubera
Claramente não mirava algum futuro
Via o tira da sinistra que rosnara
E o fotógrafo frontal batendo a chapa

É uma foto que não era para capa
Era a mera contracara, a face obscura
O retrato da paúra quando o cara
Se prepara para dar a cara a tapa

quinta-feira, dezembro 07, 2006

Sampa

Cidade em que eu nasci e provavelmente de onde eu jamais sairei (a não ser pra ir até alguma praia fedida).

Triste constatação por mim astutamente feita há pouco. Sou dependente, tenho raízes num chão que nem mais reconheço como meu e isso, se não fosse tão esquisito, seria ainda mais triste.

Nunca tive a ambição louca de conhecer o mundo ou de me aventurar por cidades quaisquer. Agora penso que deveria ter tido. Quando você para pra pensar nas tarefas que têm a fazer e vê que elas estão se esvaindo sem ser repostas, tudo fica um tanto relativo.

A minha vida inteira se resume em estudar e jogar tempo fora. Os dois nunca em perfeito equilíbrio. Um sempre cede à outro: ou estudo mais e jogo menos tempo fora; ou estudo menos e... Bem, a íncrivel descoberta que aqui faço é que a segunda opção é, por mais incrível que pareça, mais dolorosa.

Quero sair! E, pelo amor de deus, não me convidem pra ir ao shopping!
Quero sair! E, pelo amor de deus, pra bem longe!
Quero sair! E fim.

terça-feira, dezembro 05, 2006

And it was all...

...yellow?

Não. Choveu pra burro. Céu escuro. Graças à Deus, porque mais de três horas de fila junto com sol não combinam.

Mas sabe o quê combina? Amigos, chuva sentimental, Coldplay, Coldplay, Coldplay...

Sim, eu vou. É fato que estava caro e provavelmente do lugar que eu estarei, mal verei as narinas do Chris. Mas que importa?

Como é feliz o momento de admirar seus ídolos de perto, por mais sem sentido racional que isso seja!

Viva! Perdi aula, corri, peguei ônibus, corri atrás de ônibus, andei, corri, cheguei à fila, sentei, levantei, esperei na fila, coloquei 10 pessoas pra furarem fila, esperei mais um pouco, procurei gays em potencial, ri, xinguei, sofri, paguei, ufa! Ingressos...

Até 28 de fevereiro me resta esperar e procurar o CD que perdi. Até 28 de fevereiro.

quinta-feira, novembro 30, 2006

Aos ecanos, com carinho

Há decadas não escrevo mais coisas melosas sobre a ECA.

Décadas? Mas eu cheguei não faz nem um ano? E que coisa! Já faz quase um ano. Já cumpri um quarto. O que acontece quando acabar o quarto quarto?

Pra falar disso, eu terei que discorrer sobre o dia mais infernal da minha vida. Mais precisamente, ontem.

Passei a manhã num lugar que é sem exagero uma espécie de preview do inferno: o quarteirão de exames práticos do Detran. Nunca me senti tão mal na vida. Pessoas estranhas me olhavam com ar de quem me julga (e, de fato, julgavam), passei três horas em pé recostada num muro sujo para depois ter que me humilhar frente a grosseria de uma idiota que, só porque está no banco do passageiro, acha que é melhor que eu.

Nem quero continuar a tratar disso, pois as reclamações, se me cansam, devem cansar em dobro aos outros.

O fato é que depois do inferno eu fui à ECA. Ah! Cheguei como quem finalmente consegue respirar. Como quem tinha perdido parte do fígado e agora encontrou (sim, eu sei o quão grotesca essa comparação é).

Uma amiga formada em jornalismo e que nem de longe exerce a profissão me disse que só conseguiu terminar a faculdade pelos amigos, por como eles a faziam sentir bem. E isso é ao mesmo tempo o meu medo e a minha ambição.

Por enquanto, me sinto bem longe do inferninho e perto da ECA. Mas as férias estão chegando e o próximo exame de direção também.

domingo, novembro 26, 2006

Do homem que vivia na minha cabeça mesmo antes de ela existir

Que é de ti melancolia?
Onde estais, cuidados meus?
Sabei que a minha alegria
É toda vinda de Deus...
Deitei-me triste e sombria,
E amanheci como estou...
Tão contente! Todavia
Minha vida não mudou.
Acaso enquanto dormia
Esquecida de meus ais,
Um sonho bom me envolvia?
Se foi, não me lembro mais...
Mas se foi sonho, devia
Ser bom demais para mim...
Senão, não me sentiria
Tão maravilhada assim.

Ó minha linda alegria,
Trégua dos cuidados meus,
Por que não vens todo dia,
Se és toda vinda de Deus?

Manuel Bandeira - A Canção de Maria

quarta-feira, novembro 22, 2006

Primeira vez

Entrei no ônibus e não quis andar muito. Eu geralmente vou até o fundo. Lá é um tanto menos malcheiroso e costuma ter lugar pra sentar. Mas dessa vez fiquei acostada num degrau logo no começo.

Me fiz babar por alguns minutos até que lembrei do livro na minha bolsa. Saquei o Saramago. Ô maravilha!

Mergulhei. Profundamente. Virava e devorava cada página. O tempo passou e eu ainda virava páginas. Virava. Virava. Virava...

Um raro ponto final no meio do caminho me expulsou do texto. Zap! Um oftalmologista ficara cego e foi como se me dessem um chocalhão. Hora de acordar!

Quase. Se o homem não cega logo, teria perdido. É. Perdido o ponto, o caminho pra casa, o rumo, o sentido de direção. Quase. Ainda bem que ele cegou!

O leitor não se ultraje com a pseudoliterariedade desse texto. Iniciante é assim mesmo. Dizem que a primeira vez nunca se esquece. Meu primeiro Saramago, aiai.

domingo, novembro 12, 2006

Escrito numa tarde de segunda feira

Aula intolerável. O professor acaba de dizer "Banco Nacional da Habitação". Deus, quando foi que eu cochilei? Até agora a última coisa que eu ouvira foi "Adam Smith". Maldito "grande capital"! - Proponho eu a revolução? Não, só escrevo o que acaba de vir do cara de pé aí na frente.

Eu podia estar tomando milk shake na piscina, eu podia estar assistindo "Além do Cidadão Kane", eu podia estar com alguém mais agradável! Maldito Grande Capital!

Odeio olhar pro lado e ver que tem gente escrevendo enquanto eu fico budejando. Foi por isso que eu peguei a caneta e comecei a traçar essas linhas sem sentido. Acho que vou botar isso no blog, eu boto tudo no blog. Maldito Grande Capital!

A "loira" do meu lado está esticando o pescoço pro meu caderno. Provavelmente não entende por que eu não paro de escrever. Coitada dela, ela fez "Política IV". Ela tem motivos pra fazer anotações de verdade e ainda assim tem inveja do meu caderninho. Coitada dela. Maldito Grande Capital!

Obs:
Muito, muito obrigada às corajosas que responderam ao meu último delírio!

quinta-feira, novembro 09, 2006

Que os deuses salvem os blogs!

Sempre pensei que eu não sei o que quero.

E eu não sei mesmo. Só que agora danei a bancar a metida e pensei que há uma coisa que eu quero.

Eu quero alguém!

Foda! É, foda mesmo porque não é ninguém em específico. Eu quero alguém!

Também não quero qualquer um. Eu quero alguém, porra! Alguém e ponto final.

E cada vez mais eu me convenço da minha idéia de que comunicação virtual é mesmo muito mais eficiente. Eu jamais falaria isso diretamente pra alguém...mesmo eu querendo muito tirar isso de dentro. É! Tenho um tema pro meu TCC...

Ah! Lavação de alma! Amém!

domingo, novembro 05, 2006

Me passa o Nietzsche, por favor?

Duas boas (e velhas) amigas e um feel good movie na telona. De que mais eu preciso? Naquele momento, de mais nada.

Há muito tempo que eu não as via e eu tinha me esquecido. Tinha me esquecido de como era bom. De como era sentir aquela segurança boa de quem sabe em que chão está pisando.

Eu adoro a ECA e ela me trouxe muita coisa. Mudei um tanto. Aprendi muito (não necessariamente com as aulas). Mas eu estava sentindo falta da Dayanne de antigamente. Aquela que achava que Nietzsche era alguma coisa de pôr na salada e que discutia o novo brinquedinho do Mc Lanche Feliz.

Eu adoro a Dayanne ecana. Mas ela é um tanto insegura, um tanto preocupada demais. Ela sente tudo muito mais, pensa tudo muito mais, e essa hiperatividade às vezes cansa.

A ECA é como um amante: muito bom, emocionante, cheio de coisas. Mas eu também tenho um casamento de uns 50 anos: estável, tranquilo e bom. E como eu tinha saudades desse meu maridinho!

A ECA é o Fort Knox, com uma promessa de sucesso, gente adorável e que eu amo. Mas de alguma forma, eu acho que encontrei minha Glocca Morra.

sexta-feira, novembro 03, 2006

Bom senso?

Há dias estou encurralada com um trabalho a entregar nesta terça-feira. O trabalho exige que eu compare uma das coberturas da Folha de S.Paulo e os métodos aplicados no processo de reportagem com o que o Manual de Redação da Folha dita.
Pros felizardos que não são aspirantes a jornalistas, um Manual de Redação é uma espécie de guia que toda empresa jornalística tem. Nele, a empresa diz quais são seus padrões, métodos e o que ela recomenda e entende como bom jornalismo.
Bom, até aí tudo parece muito fácil. Mas atentem para algumas das "definições" do tal manual:
  • "Cabe ao profissional, apoiado em critérios de bom senso, determinar o grau de confiabilidade de suas fontes..."
  • "Todo o processo de edição deve estar a serviço do leitor, de sua inteligência, sua sensibilidade...."
  • "... o jornalista deve ter ocupações éticas..."
  • Informações captadas "devem estar sujeitas a confirmação cuidadosa"

E aí? O que tudo isso significa? Eu respondo: não significa nada! Ética, bom senso, inteligência e sensibilidade, blá, blá, blá.

É claro que ética. bom senso e tudo isso são fundamentais, mas, a rigor, levantá-los como bandeira é o mesmo que nada. Não são tangíveis, são subjetivos. Dizer que tal repórter teve ou não bom senso depende só de um bando de valores pessoais, e um jornal não deveria depender só de um bando de valores pessoais.

Não é realista. Como é, então, que eu comparo a realidade com isso? Simplesmente não comparo. Fico horas encarando a tela do computador, me canso e venho escrever no blog.

sábado, outubro 28, 2006

"Jocilene, a sua pergunta é muito importante..."

É assim que Alckmin começa respondendo à pergunta "da eleitora".

Jocilene mora em Belém, capital do Pará. Ca-pi-tal, é bom que se diga, porque a pergunta da Jocilene incluia a frase "moro na região amazônica e fico chocada com coisas que vejo, como o desmatamento" - só se for o desmatamento das árvores da praça da igreja.

Não, a Jocilene não mora numa árvore no meio da Amazônia e nem é amiga de um macaco. É bem provável que a Jocilene entenda mais de Amazônia do que eu, mas que ela não mora com macacos, isso eu garanto!

A questão é que a pergunta da Jocilene não foi a pergunta da Jocilene. Foi uma pergunta padronizada, redigida, corrigida e impressa numa ficha como o logo "Eleições 2006".

Jocilene, Edinei, Maria, Clodoaldo, Lula, Alckmin. Personagens de um debate pré eleitoral na Rede Globo. Ou melhor, da Rede Globo. Porque o debate e o espetáculo ficaram por conta dela.

Jocilene lia sua pergunta numa ficha da Globo, se punha de pé na arquibancada da Globo e tremia em frente às câmeras da Globo. Câmeras essas que a Globo fazia questão de exibir o tempo todo. Atrás de Alckimin e Lula, sempre reluziam uma ou duas delas. Elas, as câmeras, gritavam aos quatro cantos: "Olha eu aqui!"; "Eu sou da Globo, viu?"; "Você, o da poltrona, só está aí se esbaldando em democracia, porque eu estou aqui, e eu sou da Globo".

Uma hora antes do debate, antes também da Regina Duarte aparecer com seu vestidinho preto rodado na novela das oito, antes disso teve o Jornal Nacional.

Sim senhor, "Nacional" é o nome. "Global" devia ser o sobrenome. Isso porque metade deste fabuloso modelo de jornalismo foi ocupada com a pura propaganda do debate que se seguiria. Filmaram os estúdios, entrevistaram a equipe, mostraram mais uma meia dúzia de câmeras. Enquanto isso, o Bonner dizia "não perca" e "o debate é um ótimo momento para ouvir propostas e escolher seu candidato".

E enquanto o Bonner falava e enquanto o jornal filmava câmeras, a "nação", aquela à qual o título do jornal faz referência, deve ter visto umas 10 mortes, uns 10 nascimentos e uns 20 acidentes de carro - todos eles muito mais importantes e "nacionais" que a câmera do estúdio da Globo.

Quem ganhou o debate? Lula? Alckmin? Não! A Globo!

PS: Nem sei se é mesmo Jocilene o nome da garota paraense. Não importa, porque o nome da Globo eu e todo o resto sabemos.

quarta-feira, outubro 18, 2006

Não sei

Não sei pedir desculpas. Não sei dizer obrigada, nem sei dizer "eu te amo". Não sei se eu sei o que acho que sei, nem sei se saber isso é mesmo importante.

Não sei dar abraço, nem aperto de mão. Não sei sorrir direito, nem sei ficar brava. Não sei ser discreta, não sei chamar atenção. Não sei estar sozinha, nem sei do lado de quem eu sei estar.

Não sei fazer piada e também não sei rir. Não sei criticar. Também não sei fazer elogio, a menos que seja vazio.

Não sei o porquê escrevo isso, mas sei que quero falar.

Sei também que poucos vão escutar, ou poucos vão querer escutar. Talvez ninguém.

Mas talvez eu é que não saiba dizer, não saiba gritar. Certamente, não sei.

Não sei o que raios me faz não saber tanta coisa, mas sei que eu não sei. E sei da angústia de que isso me faz saber.

domingo, outubro 15, 2006

Sem vc, quer dizer, sem pc!

Meu feriado sem pc: ..................................................................................................................... ............. ........................................................................................................... .......................................................... .................................................... ................................................................................. ..................................

Meu trabalho sem pc: ............................................................................................................................... ....................................................................................................................................................................... ................................................................................................................................................................. ................................................................................

Minha monografia sem pc: ...................................................................................................................... ................................................................................................................................................................ .................................................................................................................................................................... ......................................................................................

Minha vida sem pc: ................................................................................................................ ..................... ................................................................... ..................................................................................................... ..................................................................................................................................................................

terça-feira, outubro 10, 2006

Depois de um certo empurrãozinho...

Acabo de passar pelo blog da Amanda e vejo estampada a frase "Jornalismo é um TESÃO!".

Isso me fez lembrar da coisa II, a segunda capaz de passar pela minha cabeça hoje: o jornalismo. Aqui mesmo eu já fiz críticas e já me disse por vezes decepcionada com o mundo das pautas, lides e offs. É que muitas vezes, esse é, sim, o mundo da imprecisão, da falta de crítica e do desânimo e isso sempre soa como o fim para uma estudante ainda um tanto idealista, pra não dizer bocó.

Mas ultimamente (e não me peçam pra dizer quando), passei a finalmente me ver jornalista. Andar por aí com bloquinho e gravador à mão, parar pra pensar que tudo à volta "é pauta", sair vendo a cidade nas molduras de uma fotografia de primeira página, conversar com um qualquer ou com qualquer um na tentativa de extrair dele "boa informação".

Sim, a descrição anterior é puro romantismo bocó. Mas é por isso que eu venho esperando desde que eu preenchi a ficha da Fuvest com o número 242. Tomar o repórter como herói romântico é bobagem, claro, mas é uma bobagem que eu estou adorando conseguir fazer.

Provisoriamente sem título

Tanta coisa no mundo.
...
...
...
...
Por que será, então, que eu só penso numa só?

quinta-feira, outubro 05, 2006

Um dia bom

Dias bons são, é claro, bons. E se não fossem bons, não se chamariam "bons", mas sim "maus". O problema é que, embora bons e, portanto, nada maus, os dias bons são insuficientes.

Insuficientes, sim, porque não são suficientes. Se fossem suficientes, asssim seriam chamados e dispensariam o prefixo.

Isso tudo quer dizer que os dias bons, e, portanto, nada maus, não cumprem sua cota de suficiência no seu papel de fazer sentir, adivinha, bem.

Isso porque sentir bem é insatisfazível, e o desejo de satisfação, infinito. Quer dizer que quando nos sentimos bem e, portanto, não nos sentimos mal, há e sempre haverá o desejo de sentir ainda melhor. Nada nunca basta, porque, se bastasse, eu não teria escrito "nada" e "nunca", mas sim "tudo" e "sempre".

A grama é mais verde do outro lado; a felicidade está sempre a um passo; o ciúme despropositado e o desejo infinito e, portanto, sem fim estão aqui e a grama, é claro, lá.

quarta-feira, outubro 04, 2006

Massagem para o Ego

"Não é nada fácil andar nos salões dos poderosos deste mundo, aparentemente em pé de igualdade e muitas vezes rodeado de lisonjas, porque se é receado, e saber ao mesmo tempo que, mal se saia dali, o dono da casa talvez tenha de justificar-se em particular junto dos seus convidados por se dar com esses 'badalos da imprensa'. Como também não é nada fácil ter de pronunciar-se prontamente, e ao mesmo tempo de forma convincente, sobre todo e qualquer tema que o 'mercado' reclame, sobre todos os problemas imagináveis da vida, sem cair não só na superficialidade absoluta, nem tampouco, e principalmente, no indecoro do autodesnudamento e suas implacáveis conseqüências. O que é espantoso não é que haja muitos jornalistas humanamente transviados ou rebaixados, mas sim que precisamente esse grupo social, apesar de tudo, inclua pessoas de valor e perfeitamente íntegras em tão grande número, que os leigos nem imaginam facilmenete"

Max Weber

sábado, setembro 30, 2006

Do porquê não sou dublê

Até os dez anos, essa era a minha resposta à pergunta "o que você quer ser quando crescer?": dublê de cinema. Eu nem mesmo sabia o que isso queria dizer, mas se tinha cinema no meio deveria ser legal.

Mas as minhas historinhas de infância não interessam. Interessa que fazer uma pergunta dessas a uma criança é totalmente descabido por dois motivos: primeiro porque ela sempre responde algo idiota; segundo porque crescer não tem relação alguma com a vontade própria.

Crescer significa tomar constantes choques de realidade nua, significa apanhar para aprender coisas bobas, significa fazer e conseguir aquilo que se precisa, NUNCA aquilo que se quer.

Foi assim que eu cresci. Sou gente grande que não só mal sabe o que quer, como também nunca consegue buscar aquilo que acha que quer. E assim as minhas vontades vão ficando cada vez mais distantes. Perdi o controle sobre elas e sobre mim mesma.

Fazer o quê? Se é verdade que a esperança é a última que morre, quem sabe eu ainda acabo em hollywood?


Num mundo onde tudo era possível, pensei que tudo podia.

sábado, setembro 23, 2006

E ele sorria

Alucinada, eu aplaudia, gritava, sonhava, não sabia mais o que fazia, contemplava...ai, ai! E ele? Do alto de seus olhos azuis, sorria. Cantava e sorria, genialmente como os gênios fazem.

Sim, senhor, eu sou funcionária, ele é bailarino. Bailarino, não! Gênio!

Esperei dias, meses, talvez mais que isso (certamente, mais que isso) pra ver tudo passar correndinho em duas horas que mais pareceram dois segundos. Ainda assim, dois maravilhosos segundos. Segundos geniais.

Ora, Dayanne, deixe de ser estúpida! Será que você não tem nenhuma criticazinha pra fazer do show? Na Folha disseram que era estafante e pouco emocionante. Ah, quem sou eu pra criticar... O dia em que eu for gente suficiente pra achar qualquer defeitozinho em Chico Buarque de Hollanda, eu vou ser gente pra caramba!

Sim, eu estou falando de Chico Buarque. Fascinadíssima, eu não tenho mais como pensar em quaisquer outras composições porque elas não soam mais como música. O show, Carioca - 22 de setembro de 2006, vai demorar pra sair dessa cabecinha de gente insuficiente.

Ah, eu sou funcionária. Ele? Ele sorria.

terça-feira, setembro 19, 2006

Nada como um dia ruim pra movimentar um blog

Descobrir que seu maior ídolo-jornalista é na verdade um chato;
Dar sinal para um ônibus (vazio) que não pára;
Precisar dos serviços da balconista de uma empresa que você tinha mandado tomar naquele lugar;
Esperar mais de 20min pelo segundo ônibus;
Encontrar a velha da síndica do condomínio, comprimentá-la e ela não responder;
Passar o dia todo fazendo o relatótio de Teoria da Comunicação;

...

Mas vai tudo ficar bem. Amanhã é dia de cinema com o Carlos!

segunda-feira, setembro 18, 2006

Interlúdio

Poema de amor do fundo do mato virgem

Meu amor, queria dizer que eu gosto de você bem muito
Penso em mais nada não
Gosto de mais nada não
Tem mais não

Eu tinha outras coisas pra escrever aqui, mas uma das experiências de se escrever um blog diz respeito à vontade de escrever. E eu sempre penso em coisas legais quando eu tô à milhas de um computador!

Então, do auge de meu interlúdio (ou melhor, da pura falta de inspiração), reproduzo um poema de que eu gosto muito. Tudo bem, o poema é meu e eu não sou poetisa, mas isso é outra história...


Ah, sim, e Mario de Andrade é uma das minhas manias...

sexta-feira, setembro 15, 2006

Porra!

Dia do cão! Eu estou tão puta que nem tenho forças pra escrever....decreto que vou agora jogar fora toda tentativa que às vezes tenho de ser mais sutil, engraçada ou poética.

Eu estou puta e ponto.

Tudo por causa de um filho da puta de um instrutor de auto escola que me fez de motorista dele, tomou o horário da minha aula (pela qual eu pago) e ainda se viu no direito de me criticar.

O carro morreu mil vezes e eu peguei a guia. Tava puta. Estou puta. E ninguém aprende a dirigir nessas condições.

Eu odeio aquele cara e provavelmente vou ter trauma de trânsito pelo resto da vida por cauza dele.

quarta-feira, setembro 13, 2006

Meu Reino por R$13,50

Exceto por hoje, eu não consigo me lembrar da última vez que eu comprei algo sozinha, pra mim.

Será que é porque eu nunca tinha feito isso antes? Será mesmo? Nunca tinha parado pra pensar. Mas que bebezão que eu sou!

A história é a seguinte: comprei um livro. História curta. Mas se tamanho fosse documento o elefante era o dono do circo (e eu a 2ª maior acionista).

Não, eu não tenho um circo, eu só comprei um livro. Um livro qualquer, só meu, só porque eu quis. O fato é que combinar o consumismo ao egoísmo é mesmo uma das melhores coisas da vida.

Eu nem tinha o dinheiro (os tais R$13,50 saíram da conta do almoço), mas por um momento daqueles, eu fico sem comer. Por uns cinco minutos, eu virei gente grande e me dei ao luxo de tirar algo da prateleira da livraria do shopping e realmente querer comprar. Detalhe: "querer"; e não "precisar".

E se querer é poder, adeus almoço!

Isso é idiotice pura. Qual a glória em gastar dinheiro de uma forma tão besta? Eu sei lá! Sei que eu nunca saio pra comprar nada além de brigadeiro e saber que se agora eu comprar um brigadeiro eu entro em falência me faz bem.

Finalmente o capitalismo faz sentido.

sexta-feira, setembro 08, 2006

E o sonho acabou

Ontem eu tive um dia esquisito. Duas coisas opostas me fizeram sentir coisas opostas e iguais ao mesmo tempo. Vamos às explicações.

À tarde, eu fui visitar a Folha de S. Paulo (no feriado, sim, porque um jornal nunca dorme). À noite, assisti a mais um filme marcante: Diários de Motocicleta (filme que ficou famoso pelos motivos errados e sobre o qual eu tinha certos preconceitos, mas que é maravilhoso).

À tarde, eu compartilhei da aparente apatia de meia dúzia de jornalistas que sequer faziam barulho numa redação de onde saem algumas das principais informações e opiniões do país. À noite, eu compartilhei da indignação de um único homem cujas importantes opiniões mudaram muito mais que um país.

À tarde e à noite, um único sentimento comum: o medo absurdo de querer tanto ser jornalista e me esquecer que o mundo é mais do que uma mesinha de escritório, um telefone e um computador.

Aqueles jornalistas, com uma frieza absurda pra decidir se o Tony Blair ia ou não ser manchete, me fizeram sentir aquilo que o filme me fez ressentir: o sonho acabou.

terça-feira, setembro 05, 2006

Movimento Pendular

Como eu sou boa aluna e sempre aplico tudo o que eu acabo de aprender... (até parece!)
Aristóteles, além de ser um cara super popular pelos blogs aí a fora, estabeleceu uma certa relatividade para a ética. Isso significa que as posições éticas oscilam conforme o momento e circunstância.
Sendo assim, eu não devo me sentir culpada. Ora, quando primeiro acho que está tudo ótimo do jeito que está, depois penso que o mundo é uma merda. Ora, quando sinto saudades dos meus amigos quando eles estão do meu lado e depois não sou gente suficiente pra me aproximar. Ora, quando primeiro acho que política é um cú e que é tudo a mesma bosta e depois quero ter consciência e votar como gente grande. Ora, fazendo tudo isso, minha consciência pesada diz: "não há nada de errado. Estás, Dayanne, sendo radicalmente aristotélica!".
O pequeno detalhe que eu deixo de lado é que Aristóteles também disse que fundamental à felicidade humana é o meio termo. Sendo assim, eu não posso ser radical e aristotélica, não na mesma frase.
De certo, eu não entendo nada de filosofia, mas duvido que qualquer um que entendesse pudesse me ajudar. Eu preciso é de um psiquiatra.
Bom, taí que movimento pendular não é mais só uma coisa difícil de física que eu errei na fuvest!

quarta-feira, agosto 30, 2006

Strip Search, um filme de sacanagem...

Agora que você já se empolgou e começou a ler, eu revelo: apesar do nome, o filme não é sobre esse tipo de sacanagem.

É sobre uma muito menos estimulante, muito mais vergonhosa, muito mais.

Stip Search trata de questões internacionais num espectro pessoal e chocante. Descobri o filme por acaso, zapeando sem mais nem menos. De fato, as melhores coisas aparecem quando menos se espera.

Trata-se da criativa exposição de dois mundos a princípio muito diferentes, mas que se revelam muito iguais. De um lado, a China de um regime fechado, certamente pós Mao, mas que não é bem especificado. Do outro, a Nova Iorque (New York, New York) eternamente efervescente e cosmopolita.

Na China, uma americana. Nos EUA, um árabe. Frente à acusações absolutamente despropositadas de ameaça às nações, eles são interrogados, humilhados, desmoralizados...enfim, o de sempre.

O mais surpreendente não é ver o sofrimento ou a agonia de ambos, isso é irrelevante num mundo onde o cinema pode contar com Almodovar e Van Dame. O surpreendente é assistir ao filme e passar o tempo todo com mais dó da americana que do árabe.

As situações vividas pelos dois são as mesmas. Os diálogos e pressões também. Então, por quê? Por que o inglês newoleansiano que sai da boca dela parece tão mais aceitável que os "erres" exagerados do moreno de cabelos semi crespos? Por quê?

Impossível saber. O fato é que o filme revela até ao maior dos democratas seus preconceitos intrínsecos. Extraordinário.

sábado, agosto 26, 2006

Acordei e sonho

Só agora eu percebo como tudo aquilo é menor...

Eu quero muito falar de outra coisa, e acho que falarei sem me fazer entender.

Eu ainda não gritei, mas vou em breve. Acho que eu nunca me senti assim...a angústia de um outro me incomoda tão profundamente como se fosse a minha, e em dobro. A vontade de que ele seja feliz é tão absurda que eu me faço de palhaça pra ele rir de mim. O prazer de vê-lo sorrindo é tão gigantesco que eu podia pintar uma "monalisa" dele.

Pensar assim me faz bem, e eu devo continuar a fazê-lo. Não dá pra ser mais explícita porque, como já disse, eu não tenho coragem.

obs. Dois posts em um dia e de raízes completamente diferentes, mas é que só agora eu acho que acordei!

Reciclando

A-ha! Visual novo!!! Um tanto quanto florido e purpurinado, mas certamente melhor do que um quadrado rosa...

E é com ares de novidade que eu venho tratar de um tema velho.

Acho que qualquer um se sente mal quando não tem uma posição sobre um assunto. Fica parecendo que é por preguiça, desinformação ou acomodação. E isso me incomodou, profundamente, por muito tempo.

Mas agora parece que a situação não é mais tão ruim. Quer dizer, ontem eu vi uma cerimônia de enterramento do curso de jornalismo (pra que não viu, sim, as pessoas vestiam preto, traziam velas e cavaram um buraco na terra) e, derrepente, não me soou mais tão estúpido o fato de eu não querer estar ali. Derrepente, eu tinha uma posição e ela era a de ir contra tudo aquilo.

Eu não tenho coragem. Se tivesse, estaria escrevendo isso num e-mail para as pessoas do enterro e não aqui. Mas o fato é que eu não vou mais me obrigar a me sentir mal por discordar dessas ações. Eu posso estar sendo precipitada, não conheço tão bem aquele lugar como aqueles a quem devo os pêsames, mas acho que até o não conhecimento pode gerar uma opinião e é provavelmente isso o que acontece comigo.

Isso não significa que eu, por isso, me ausento de discussões e vou viver, a partir de hoje, no cor-de-rosa mundo dos alienados. Eu quero saber mais e eu posso até mudar de idéia. Mas, por enquanto, me sinto melhor porque eu tenho, sim, para o que lutar, eu tenho o que desejar. É só que isso não envolve terra nas minhas unhas e nem lágrimas sobre um caixão de papelão.

quarta-feira, agosto 23, 2006

Quem sou eu? Será que eu é que morri?

Bom, em meio às mil e uma reviravoltas da Semana de Contra Jornalismo, eu me ponho a ler os e-mails do grupo do CJE, povoado por aqueles que estão engajados no processo e certos de que o curso de jornalismo da ECA não é tão bom como deveria ou poderia ser.

E daí? Daí que eu me sinto um completo peixe fora d'agua nessa discussão. Me sinto estúpida por não ter sequer opinião formada sobre o tema e fico me culpando por isso. Qual é o problema? De quem é o problema? Provavelmente meu.

Nunca entendi tamanho engajamento político, apesar de sempre admirar aqueles que o tem. Qual é o problema? De quem é o problema? Provavelmente meu.

O pior de tudo é que se desenha uma briga e uma rachadura imensa entre os alunos desse curso, cada um parece achar uma palhaçada tudo aquilo que o outro acha palhaçada. Eu não quero usar esse espaço para criticar ninguém, muito pelo contrário. Quero só expressar o que eu sinto e penso, se é que eu sinto e penso alguma coisa sobre tudo isso.

Julguem-me moderada demais, julguem-me alienada, julguem-me até reacionária se quiserem. Pelo menos, assim, eu serei alguma coisa, terei uma posição a defender, um grupo a me juntar.

Qual é o problema? De quem é o problema? Provavelmente meu.

obs. acho difícil que eu consiga escrever alguma outra coisa aqui por essa semana, pelo menos. Se é pra falar de minhas opiniões, eu não consigo expressar mais nada sobre nenhum outro assunto no momento.

domingo, agosto 20, 2006

Uma casinha suburbana

Ontem eu idiotamente assistia a tv enquanto a globo exibia "Infidelidade". Filme bem repercutido, eu não preciso falar sobre ele. Preciso, sim, falar sobre uma dessas praguinhas de filme americano que sempre acabam infiltrando nosso subconsciente: a casinha no subúrbio.

No filme, uma das razões pelas quais a mulher bota chifres no Richard Gere é a sedução que o cidadão francês e cosmopolita exerce sobre ela, mãe que vive em casinha suburbana. Meu deus! Mas será o benedito! Todo filme americano vende a idéia da casinha e dos filhos e de família feliz!

E eu (idiotamente, já disse) me peguei pensando que pra quê ela trairia o Richard Gere e por que motivos ela preferiria um apartamento fedidinho na cidade a uma casa de dois andares e jardim no subúrbio. Foi daí que veio o click! Eu tô contaminada por toda a abobrinhada holliwoodiana - eu também sonho com uma casinha suburbana! Mesmo sabendo que isso, no Brasil seria absolutamente impensável.

Como toda mulher idiota, eu tenho sonhos sobre casar, ter uma casa dessas, com chaminé e uma portinha pro cachorro! Altíssima estupidez, considerando que além de brasileira, eu sou/serei jornalista...

Enfim, eu só queria dizer que, embora "amelizar" jamais tenha sido o meu ideal de vida, jamais mesmo, essa massa de subconsciente coletivo parece que atinge agente sem mais porquês! Inferno! Preciso me desligar de toda esse lixo e ler um livro, e que ele não seja O Diário de Bidget Jones!


obs: a-do-rei os meus primeirinhos 4 comentários! Eu quero adicionar o blog de vcs á lista mas eu num sei como, então aguardem o dia em que eu descobrir!!!

sábado, agosto 19, 2006

Começando! Mas pq?

Não faz sentido!
Eu já tive um blog antes e não deu certo! Porque eu quero um agora? Até parece que eu não tenho nada melhor pra fazer a não ser ficar jogando meu lixo pessoal numa tela pública.

No fundo a razão é essa: a tela é pública e por mais que ninguém leia, ta aí, pra qualquer um ver.

Élio Gaspari disse que somos o país das cabeças confusas (olha eu roubando a citação dos outros!) e eu digo que sou a pessoa da cabeça confusa. Daí, dividir toda essa confusão com o mundo parece absolutamente mais tentador do que descarregar tudo num monte de pequenos papéis soltos por uma gaveta e esconder da minha mãe. (Sim, eu faço isso e, não, eu não tenho 12 anos).

Por enquanto eu vou ficando por aqui. Quem sabe um dia, quando eu for a escritora narcisista e rabugenta que eu sempre me vi sendo, eu possa juntar todo esse lixo virtual num livro e ele possa virar um best seller.